terça-feira, 9 de junho de 2015

Camping Dona Esmeralda - São José do Barreiro - SP

Passamos o feriado de Corpus Christi no Camping Dona Esmeralda em São José do Barreiro-SP com alguns amigos: Renata, Bruno, Márcia, André, Maria Fernanda e Maria Julia.
Foi um final de semana cheio de risadas, piadas, bom humor, bebedeiras, passeios, cachoeira, friozinho da serra, brincadeiras, novas amizades, conversa boa e comidas gostosas da Tia Rê e do Lu.
Ou seja, um final de semana inesquecível, que vamos lembrar para sempre com um gostinho de quero mais a não ser por algumas amolações que tivemos que vou contar no final...porque coisas ruins eu deixo para o final...porque foram tão pequenas perto de tanta coisas boas que vivemos. 

Eu e o Lu fomos os primeiros a chegar, na quarta-feira a noite (dia 03/06), chegamos a noite e já tinham algumas barracas montadas na área de camping, tivemos o cuidado de escolher um local que desse para os nossos amigos montarem suas barracas ao nosso lado.
Escolhemos um lugar perto de um postinho de luz e ponto de energia, mas para nossa surpresa, depois que já tínhamos montado a barraca toda, foi que naquele postinho de luz não tinha corrente elétrica, e agora? Como iriamos ligar nossa luz? Nosso som? Colocar o celular para carregar? E a bombinha elétrica?
O Lu foi falar com a Dona do Camping e só depois que o Lu já tinha levado o colchão e o sofá para encher em outro ponto de energia a Dona do camping resolveu emprestar uma extensão. Segundo ela, o técnico havia olhado um dia antes os postos de energia e estava tudo OK.
OK não estava...mas tudo bem...não seria isso que já iria estragar o nosso final de semana.
No outro dia (quinta-feira - 04/06) acordamos cedo, pois o Nino e a Amélie (nossos cachorros - é eles foram acampar com a gente) já estavam doidos para sair da barraca.
Mas foi ótimo acordamos cedo, pois foi bem na hora que nossos amigos Renata e Bruno estavam chegando, ai aproveitamos para tomar café da manhã junto e só depois eles começaram a montar a barraca deles.
Depois de colocar a conversa em dia e eles terminarem de arrumar tudo, a Tia Rê e o Lu começaram a fazer nosso almoço, que ficou uma delicia, é claro!
O cardapio foi arroz (feito na panela elétrica de arroz), feijão (que o Lu tinha levado pronto), linguiça calabresa com cebola, farofa (que a Tia Rê levou pronta) e salada de agrião e tomate
Depois do almoço deu aquela preguicinha, mas eu e o Lu aproveitamos para ir passear na cidade que é super bonitinha, e estava toda enfeitada por causa do feriado de Corpus Christi. 
São José do Barreiro esta localizada no pé da Serra da Bocaina e é uma Estância Turística do Estado de São Paulo.
Tem várias cachoeiras e fazendas centenárias, passamos por alguns prédios bem antigos com data de 1879 e 1981. 






Como era feriado e a cidade é muito pequena, nosso passeio não durou muito tempo e logo retornamos ao camping e quando retornamos Márcia, André e as Marias já tinham chego e já estavam arrumando suas coisas.
Como todos nós temos a mesma barraca, formamos uma vila Arpenas Family 4.1 - ficou lindo.





A noite começamos um churrasquinho e logo outros amigos se juntaram, o Carlos e a Gleidys do Nas Estradas do Planeta, a Juliana e o Felipe de Santo André.
Foi uma noite super agradável, de muita conversa, música, muita risada, bebedeira, piadas, mas passamos das 23h, horário permitido para conversas, músicas e risadas. Após esse horário só é permitido dormir, conversa em libras ou mimica, beber em silêncio ou admirar as estrelas EM SILÊNCIO, por favor.
Essa Lei do camping nos causou um pouco de amolação, mas como disse no começo, vou falar disso no final.

No outro dia (sexta-feira - 05/06), uma manhã fria, bem gostosa para dormir até tarde, fomos acordados pelo barulho das moto serras cortando as árvores para fazer a fogueira da festa do dia seguinte.
Mas enfim, já que já estávamos acordados mesmo, bora aproveitar o dia. Quase todos do camping compraram um passeio oferecido pelo camping (R$ 30,00) para conhecer o Parque Nacional da Serra da Bocaína, a Rampa de Vôo Livre e alguns outros pontos turísticos da cidade, mas como no Parque não podiam entrar cachorros, eu e o Lu não poderiamos ir e acabou que os nossos amigos também não foram, lógico que não foi por nossa causa, cada um pelo seu motivo, mas o fato é que nós (os 3 casais) não fomos.
Tomamos café e fomos fazer o nosso passeio, à Cachoeira da Usina, que fica dentro das terras da Fazenda do camping.
Para chegar a cachoeira caminhamos por aproximadamente 1,5 km (foi o que nos falaram, pois eu não tenho nenhuma noção da distância), morro acima. 
                                                      
Depois dessa caminhada chegamos a cachoeira morrendo de calor e mesmo a água sendo gelada, não resistimos e entramos. 
São 2 quedas nessa cachoeira e nós fomos nas 2, a segunda (mais alta) é mais bonita e forma um poço que da até da dar uma mergulhadinha.
Chegamos da cachoeira varados de fome e como já tínhamos combinado antes do passeio Lu fez uma Canjiquinha deliciosa.
Dava para um batalhão comer...rsrsrs
A noite o Camping ofereceu uma noite de caldos, foram servidos 3 tipos de caldos: feijão, ervilha e abobora.




Todos sentaram a porta minha barraca para esperar sair a Canjiquinha do Lu e ali ficamos até a noite, aliás, até tarde da noite, novamente descumprimos a mais importante do Camping: SILÊNCIO APÓS ÀS 23H.
Foi mais uma noite de muita conversa boa, comilança, bebedeira e risadas.



No sábado (dia 06/06) acordamos cedo novamente, tomamos café e começamos a arrumar tudo para mudar a barraca de lugar, pois a fogueira montada para a festa que teria anoite por causa da festa do Vinho e Fogueira, estava muito próximo a nossa barraca.
Com a ajuda dos meninos (Bruno e André) rapidinho mudamos tudo de lugar.
Nesse dia iamos fazer o passeio que o pessoal fez no dia anterior, mas como o nosso carro, só que não iamos ao Parque Nacional, por causa dos cachorros, mas ai, uns amigos novos, Marcela e Douglas se ofereceram para cuidar deles durante o dia, e lógico que aceitamos e fomos correndo, antes que eles mudassem de ideia...rsrsrsrs
Fomos primeiro a Rampa de Voo Livre, o tempo estava meio fechado, mas mesmo assim a vista estava linda. Tinham algumas pessoas pulando de paraglider e foi muito legal assistir.
















Ficamos um tempo admirando a paisagem da Rampa e fomos rumo ao Parque Nacional, pois já estava um pouco tarde.











Caminhamos por quase 1h para chegar a cachoeira Santo Isidoro.
A caminhada é bem tranquila no começo, mas quando chega a cachoeira mesmo, é um pouquinho puxado, fizeram uns degraus com corrimãos, mas mesmo assim, os degraus são bem altos, dificultando um pouco a descida e principalmente a subida.
Mas a cachoeira é linda vale a pena cada degrau.
Só que nessa não deu para molhar em a pontinha do pé, pois estava muito frio, não tinha mais sol batendo na cachoeira, e a água estava congelante.







Novamente chegamos ao camping varados de fome, pois já eram 6h da tarde e só tínhamos tomado café da manhã.
Por isso a Tia Rê correu e fez um almoço/janta pra gente e logo acenderam a fogueira e começaram a servir o vinho (que era uma caneca por pessoa, a partir da segunda tinha que pagar R$ 4,00) e um prato de pinhão...eu nem gosto de pinhão, mas estava com tanta fome que amei o pinhão...kkkkkkk

minha barraca estava bem ao lado dessa árvore - mudamos por causa da fogueira
No começo a fogueira não deu muito ibope não, mas depois apareceu um violeiro e o pessoal começou a se animar a ir pra perto da fogueira, eu e o Lu não fomos, fiz questão de não ir, aquela fogueira quase me fez ir embora antes da hora.

Quando foi se aproximando das 23h (hora em que a Lei mais importante do camping começa a vigorar) a senhora dona do camping pediu para o pessoal ir para a área de churrasqueira para continuar a conversa lá, e o pessoal aproveitou para continuar a cantoria e ainda fazer um churrasquinho.
Eu, Lu e mais um grupinho de pessoas continuamos em frente a barraca da Tia Rê, no gazebo que a Marcela arrastou até lá, eu e o Lu não podíamos sair dali, porque os cachorros já estavam dormindo e se saíssemos eles iriam acordar e começar a fazer bagunça de novo.
Como o pessoal foi para um local de convivência acharam que podiam continuar a "bagunça" mas erraram, pois a "bagunça" só foi permitida até que a "general" do camping chegar e acabar com a "festa", acabou com o "clima", acabou com a vontade de querer um dia voltar para esse camping...ela chegou xingando o pessoal por causa da cantoria, da risadas, do falatório, por causa das piadas de "baixo escalão" que segundo ela o pessoal estava contando. Como disse nem eu e nem o Lu estavamos nesse momento, só escrevi aqui o que o pessoal falou. Segundo esse pessoal ela (a Dona) foi super mal educada sem necessidade, pois ela poderia ter falado as mesmas coisas em outro tom, sem que ninguém se sentisse ofendido.
Nessa hora do "xingamento" eu já estava dormindo e se eles estavam atrapalhando alguém eu não sei, só sei que não atrapalhou nem a mim nem meu cachorros.

Como disse que ia deixar o que foi ruim para o final e ai esta, o pior, o que com certeza é o motivo de eu não indicar esse camping para nenhum dos meus amigos, o motivo de nunca mais querer colocar os pés nesse lugar, foi a falta de educação, a arrogância da dona/administradora do camping.

Já na primeira noite quando percebemos que não tinha energia no nosso postinho de luz, e após o Lu já ter ido falar com ela e ela ter dito que emprestaria a extensão eu fui falar com ela, pois a extensão não vinha nunca, quando fui preencher a ficha de check in  aproveitei e perguntei  da extensão, ela já foi grossa comigo, quase jogando a extensão na minha cara (exagero..rsrs...mas foi quase assim).

No segundo dia a noite, quando o TOQUE DE RECOLHER não foi respeitado a risca, ou seja, silêncio absoluto, pois ficamos conversando a Dona do camping chamou nossa atenção no outro dia.
Ok...entendemos que não deveríamos ter atrapalhado o sono das pessoas, e saímos pelo camping perguntando se tínhamos atrapalhado o sono de alguém na noite anterior e todos tiveram a mesma resposta...que NÃO...então entendemos que a incomodada com a nossa "desobediência" era somente a própria Dona....que se incomodou com as nossas risadas, afinal, parece que nesse camping era proibido ser feliz....realmente...felicidade incomoda..e muito!

No terceiro dia, ficamos conversando, bebendo, rindo, contado piadas...mas nos preocupamos em fazer isso de forma mais baixa possível para não incomodar ninguém...e não tivemos nenhuma reclamação na manhã seguinte.
E na última noite, a noite da fogueira já contei....a Dona do camping "chutou o balde" e acabou com a festa.

Mas como disse...regra é regra, quando escolhemos esse camping já sabíamos da regra do silêncio após as 23h - tudo bem, que não imaginamos que seria tão rígido, mas até ai nada de errado com isso.

A barraca no lugar que montamos primeiro 
No entanto, o que mais me deixou chateada foi o fato de terem montando uma fogueira enorme do lado da minha barraca e quando eu fui falar com a Dona do camping ela foi super grossa comigo, dizendo que não tinha problema algum com a fogueira, que sempre montavam no mesmo lugar e nunca estragou a barraca de ninguém. A minha preocupação era de espirrar alguma fagulha da fogueira e acertar a minha barraca. Expliquei isso pra ela...e ela foi irredutível, disse que a barraca sempre foi mantada naquele local e que ali ficaria.
barraca no novo local - bem longe da fogueira
Fiquei mesmo muito chateada com a situação, com medo de estragar a minha barraca, mas também com a falta de educação e grosseria gratuita, sendo que não dei motivos, pois todas as vezes que falei com ela, procurei ser educada e cordial, afinal, campismo é isso né.
Por causa desses fato da fogueira acordei no sábado decidida a ir embora, mas os meus amigos lindos não deixaram e os meninos ajudaram o Lu a mudar a barraca de lugar.

pessoal desmontando as barracas
A partir desse fato começamos a conversar e a observar que a Dona do camping estava tratando o nosso grupo diferente dos outros campistas e hospedes da pousada, percebemos também que eramos os únicos a não fazer as refeições servidas pelo restaurante do camping e a não ter ido no passeio oferecido por eles, ou seja, não estávamos gastando no camping nada além de gelo e nossas diárias.

Fechamos nossa acampada com um ultimo almoço comunitário feito na barraca da Tia Rê e uns ajudando aos outros a desmontar as barracas.
No último dia eu e o Lu tínhamos planejado almoçar no restaurante do camping para não ter que preocupar com comida no dia de ir embora e também porque estávamos comemorando 1 ano de casados.

último almoço
No domingo deixamos o camping tristes por ser um lugar tão lindo, com uma ótima estrutura, boa localização, mas que não poderíamos voltar, pois não da pra acampar num lugar que não podemos rir, não podemos conversar...lugar em que não podemos ser felizes e expressar nossa felicidade.
Mas voltamos felizes também, pois foram 4 dias de muita alegria, novas amizades, novas parcerias e isso nenhuma Dona de camping infeliz poderá tirar de nós.

Bom pessoal é isso...nossa desobediência ao TOQUE DE RECOLHER imposto pelo acampamento militar Dona Esmeralda nos rendeu a expulsão do Grupo dos Blogs Campistas do Facebook.
Fomos expulsos sem direito de defesa.
Disseram que fomos mal educados e não respeitamos os outros campistas e não nos comportamos de acordo com a regra do grupo que é preservar o campismo familiar.
Fiquei bem triste com essa situação, pois só quem presenciou tudo pode opinar, não sendo o caso do administrador do grupo, nos julgando injustamente.
Acredito que fomos expulsos a pedido da Dona do camping por medo de falarmos mal do camping num grupo com mais de 2000 campista, no entanto até o momento da expulsão, ninguém havia falado nada que pudesse denegrir a imagem do camping, pelo contrário, todos postaram de como foi bom o final de semana, com fotos e comentários do bem.
Mas enfim é isso...fomos expulsos do grupo, mas isso não vai nos atrapalhar de acampar, de combinar acampadas coletivas com nosso amigos e muito menos de nos divertimos.
Só vamos tomar o cuidado de perguntar antes de fazer a reserva, se no camping é permitido conversar e rir.


Beijos
Maira!

7 comentários:

  1. Meus caros... estou com vcs... fico triste pela postura dos administradores do grupo dos blogs campistas em nao ouvir a versao de vcs. Parabes pelo post.

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    1. Obrigada Nivaldo...São de amigos como você que precisamos para construir uma grande família campista.
      Tivemos uma experiência ruim nesse camping, mas nada que irá nos desaminar com a vida de campista.
      beijos

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Somos solidários a vcs. Lamentável. Um abraço

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  3. Lamentável todo o ocorrido. Acho muito válido o relato de vocês. É disso que precisamos, IMPARCIALIDADE. Chato o fato de outras pessoas, campistas não terem ao menos, ouvido o relato de vocês.

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    1. Pois é...foi uma situação muito ruim...mas sobrevivemos...rsrsrs
      Agora isso já são águas passadas.
      Procurei escrever os fatos das forma que aconteceram...é lógico que é a partir do que eu vi e senti...e tomando o cuidado para ser imparcial, mesmo sendo difícil as vezes.

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